Ruas desertas, estudantes sem aulas, parlamentares em férias, órgãos públicos em recesso: todo mundo estava de “pernas para o ar” em julho. Mas, a partir de amanhã, tudo volta ao normal.Sim, todos sabem que a calmaria que prevaleceu durante os quase 31 dias do mês de férias será substituída novamente por velhos conhecidos como os engarrafamentos nas ruas - ao humor de 230 mil veículos circulantes e velocidades médias de até 21 quilômetros por hora nas vias mais movimentadas. Porém, a cidade que muda a cada vinda e ida do mês de julho curiosamente não tem mais dados oficiais de órgãos públicos que mensurem como realmente a metrópole se transforma nessa época do ano.Num balanço das férias, o DIÁRIO procurou essa semana a Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) e o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) para levantar números sobre qual é afinal o volume de veículos na capital durante o mês das férias. Ambos responderam que não existem dados sobre o assunto. As secretarias estadual e municipal de Saúde também foram procuradas: informaram que o número de atendimentos nos postos e hospitais do município só poderá ser divulgado na primeira semana de agosto.FIM DO MARASMOMas onde não há dados oficiais mais específicos, ouvir gente como o motorista de ônibus Josimar Oliveira, que trabalha na profissão há mais de 10 anos, pode ser revelador sobre o que é dirigir em Belém nessa época do ano: “Não tem engarrafamento, não tem estresse, não tem guarda multando. É uma felicidade”, sorri Josimar. “Só não quero nem lembrar que a partir de segunda vou ter de voltar a ficar horas parado no Entroncamento e preso nas saídas das escolas”.Mas nas praias, até a manhã do sábado, a animação dos veranistas ainda era visível. Aproveitando todos os minutos de sol e maré apropriada para banho, a modelo Rayane Vieira, 18 anos, celebrava a beleza da Bucólica. Miss Mosqueiro 2009, Rayane só tomava cuidado para não exagerar no bronzeado. “Tenho pele clara e o sol está muito forte, desde o final da manhã”, justificava.Desarrumando as malas, a contadora Adrianne Souza confessa: queria pelo menos dez dias a mais de férias. “Sempre dá a sensação de que passou rápido, que não consegui fazer metade do planejado”, lamenta.Para ela, o pior do retorno à rotina é ter que voltar a acordar cedo. A contadora, que mora em Belém e trabalha em Barcarena, tem que acordar sempre às 5h. “Nesse mês de férias eu estava acordando meio-dia. Não quero nem pensar que segunda essa mordomia vai acabar”, brinca.
Reportagem: Diário do Pará Online
Foto: Deyse Figueiredo (Arquivo Pessoal)
domingo, 2 de agosto de 2009
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